Desenvolvimento é uma nova forma de colonialismo. Aceitamos palavras como subdesenvolvido, em desenvolvimento e desenvolvido sem nos apercebermos que são impostas pelos antigos colonizadores. O termo mais recente globalização, é ainda pior. A divisão já não se centra na Europa versus Ásia, mas ricos versus pobres e Norte versus Sul. O Norte tem impacto no Sul através do investimento para o lucro - vendendo bens manufaturados e equipamento e treino militar. O Sul paga com os seus recursos naturais e mão de obra barata, produzindo produtor agrícolas a preços pouco vantajosos para os pequenos agricultores locais, que pagam taxas de juro alarmantemente elevadas para créditos essenciais. Os países do Sul perdem as suas culturas indígenas e a soberania dos seus Estados, e sofrem devido à degradação ambiental, à pobreza, à fome, à deslocação e ao desenvolvimento de subúrbios urbanos degradados (slums). Entretanto o fosso entre ricos e pobres acentua-se.
O Norte também não está assim tão bem. As pessoas são adictas do consumo, da cultura de massas e das drogas. Sofrem os efeitos da poluição, da degradação ambiental, e da perda de valores fundamentais. As populações urbanas enfrentam o aumento da criminalidade, pobreza e do número de sem-abrigo. Os que estão empregados sofrem de excesso de trabalho à medida que o poder das corporações aumenta. Os indivíduos perdem o sentido do que faz sentido e da paz.
Sulak Sivaraksa (2009)
The Wisdom of Sustainability: Buddhist Economics for the 21st Century
Kihei, Koabooks
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