sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Dia do Excesso da Terra voltou a chegar mais cedo. Todos os anos, a data em que esgotámos os recursos naturais do planeta – bem como a quantidade de gases poluentes que ele consegue absorver – é antecipada em três ou quatro dias. A partir de hoje estamos a viver do fiado que a Terra nos vai dando.
Para se ter uma ideia de como consumimos cada vez mais recursos, basta dizer que em 1987, ano em que foi assinalada o Earth Overshoot Day (ou o Dia do Excesso da Terra) pela primeira vez, alcançámos a exaustão dos recursos naturais do planeta a 19 de Dezembro.
O ponto de viragem aconteceu na primeira metade da década de 70 do século XX. No espaço de cinco anos, entre 1970 e 1975, passámos de uma exploração no limite dos recursos disponíveis para uma exploração excessiva, e essa caminhada global já vinha dando sinais de alerta. Nomeadamente nos cinco anos anteriores, com um salto de 15% na procura de recursos naturais, de 85 para 100%. O outro grande salto das últimas décadas aconteceu já depois de ter sido ultrapassado o limite de exploração, quando em plena viragem do século se passou dos 130%, em 2000, para os 145% de recursos recolhidos, em 2005.
HIPOTECAR O FUTURO O conceito do Dia do Excesso da Terra foi primeiro desenvolvido pelo think tank britânico “new economic foundation” e pela organização não-governamental Global Footprint Network (GFN). Mathis Wackernagel, presidente da GFN, estabelece um paralelismo entre a actual absorção de recursos naturais e o nível de consumo acima das possibilidades económicas: “A pressão sobre recursos é semelhante aos gastos financeiros excessivos, e pode tornar-se devastadora. À medida que o défice de recursos cresce e o seu preço se mantém elevado, os custos para os países tornam-se insuportáveis.”
No ranking dos 149 países analisados, entre os que sobrecarregam o ecossistema (60, no total) estão o Qatar, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. De acordo com o GFN, só para absorver os 11,68 hectares globais por habitante em emissões de dióxido de carbono de que o Qatar é anualmente responsável seriam necessários cinco planetas. Susana Fonseca, da Quercus, defende que “se tivéssemos uma relação equilibrada com o planeta, este problema não se colocaria. Poderia haver uma situação pontual, mas não com a magnitude que hoje se apresenta”.
“Estamos a hipotecar a nossa própria existência enquanto espécie, no futuro, ao não procurarmos o maior equilíbrio com a nossa fonte de vida”, explica Susana Fonseca. Pelo caminho, a população mundial já perdeu biodiversidade (30%, entre 1970 e 2008) e qualidade de vida, e as consequências são claras: “Se dependemos de recursos que estão a desaparecer ou que estão a ficar mais caros, arriscamo-nos a ficar sem bens fundamentais de que precisamos para proporcionar uma vida de qualidade à população, e arriscamo-nos a prejudicar a nossa economia e orçamentos nacionais, porque não podemos suportar o nível de consumo a que nos habituámos”, explica Kyle Gracey, investigador do GFN.
ACIMA DO LIMITE Há mais de 40 anos que ultrapassámos a fasquia da sustentabilidade. Uma situação que, segundo o investigador, só tem sido possível com recurso a três soluções: “Importamos recursos produzidos em anos anteriores; usamos recursos que não pertencem a nenhum país – como a pesca em mares profundos; enviamos para a atmosfera o lixo que a natureza não consegue absorver, sob a forma de dióxido de carbono.” O problema, mais uma vez, é que estas são soluções a prazo, e num futuro que já foi distante, mas que agora estamos a experienciar, as consequências voltam a fazer sentir-se, através da sobreexploração de recursos obtidos em anos anteriores e do efeito de estufa que prejudica as actuais produções agrícolas.
A solução, defende Susana Fonseca, é “dar o passo mais difícil, fazendo entrar no discurso do dia-a-dia o conceito de suficiência: sermos felizes com menos”. E a realidade actual é, para Kyle Gracey, “absolutamente reversível”. Como? “Tornando-nos mais eficientes com os recursos que usamos, desenvolvendo formas de usar os recursos que melhores condições oferecem à população, ao mesmo tempo que se reduz o recurso a matérias que são prejudiciais ao ambiente ou que mais contribuem para o efeito de estufa, e certificando-nos de que a redução de obtenção de recursos está integrada no processo de decisão dos governos”, enumera o investigador.
Nos últimos anos, o GFN colaborou com mais de 50 países, junto dos quais procurou difundir a mensagem de que uma mudança de paradigma é necessária. Desses, “17 reviram a contribuição que davam para a pegada ecológica. Nove países e territórios adoptaram formalmente a Pegada Ecológica e usam-na na elaboração das suas estatísticas nacionais e/ou para dar conta das decisões políticas que tomam”, refere Kyle Gracey.
“Se queremos manter a estabilidade social e a produtividade, não podemos sustentar um fosso crescente entre o que a natureza pode oferecer e o quanto a nossa infra-estrutura, economia e estilo de vida requerem”, resume o presidente da GFN.

Créditos
Fonte: ionline, por Pedro Raminho
Foto: Oil Extraction, por A. J. Cann (Flickr).

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pots, pans and other solutions

Pots, pans and other solutions
Na Islândia, o primeiro país europeu a sofrer uma crise económica, as pessoas ficaram conscientes de que podiam e deviam intervir na sociedade e começaram a exigir uma maior participação democrática.
O pagamento das dívidas dos bancos pelos cidadãos foi referendado. O governo foi forçado a criar um conselho para escrever uma nova constituição: um grupo de cidadãos — sem políticos, advogados ou professores universitários — que abriu a discussão a todos e conseguiu fazer aprovar por consenso uma proposta preliminar.
Na Islândia, muitos cidadãos estão organizados em associações e têm propostas substanciais para uma sociedade onde todos podem participar. Vamos conhecer os islandeses que os meios de comunicação se recusam a divulgar (legendado em português).


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ajude a salvar o lobo ibérico


O CRLI — Centro de Recuperação do Lobo Ibérico precisa de comprar os 17 hectares de terreno onde está instalado. Caso não o consiga fazer corre riscos de ser expulso colocando em risco todo o projeto.

O Grupo do Lobo apela a à solidariedade e ao apoio para manter este projeto de pé e ajudar a recuperar um dos maiores predadores da Península Ibérica.
Para ajudar o CRLI visite a sua página em lobo.fc.ul.pt ou aceda diretamente à página da campanha em http://www.indiegogo.com/IberianWolf?a=848902&i=emal.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Comportamento moral em animais

Empatia, cooperação, justiça e recirpocidade — preocupar-se com o bem-estar dos outros parece uma característica muito humana; contudo, Frans de Wall partilha connosco alguns vídeos surpreendentes de testes comportamentais em primatas e outros mamíferos que evidenciam que muitas destas características morais são partilhadas com animais não humanos.



Dr. Frans BM de Waal um biólogo e primatólogo conhecido por seu trabalho sobre o comportamento e inteligência social dos primatas. O seu primeiro livro, Chimpazee Politics (1982), comparou a conversas  informais e as maquinações dos chimpanzés envolvidos em lutas de poder com a de políticos humanos. Desde então, de Waal traçou paralelismos entre o comportamento dos primatas não humanos e dos primatas humanos, como o estabelecimento de tréguas  e a moralidade até à cultura. Seu trabalho científico foi publicado em centenas de artigos técnicos em revistas como Science, Nature, Scientific American, e os outras publicações especializadas em comportamento animal. Os seus conhecidos livros — traduzidos para quinze línguas — fizeram dele um dos primatólogos mais relevantes do mundo. Os seus dois últimos livros são nosso Our Inner Ape (2005, Riverhead) e The Age of Empathy (2009, Harmony).


sábado, 21 de julho de 2012

Pachamama — os direitos da Mãe Terra


A Bolívia, no seguimento da revisão constitucional que fez em 2009, aprovou há cerca de um ano, uma lei que reconhece à "Mãe Terra" direitos idênticos aos dos seres humanos. Por detrás desta inovadora e sensata medida está a recuperação das mundividências ancestrais, xamânicas e panteístas, dos povos nativos dos Andes. O direito à vida e à existência, à continuidade dos ciclos e processos vitais livres da alteração humana, à água pura e ao ar limpo, ao equilíbrio, à não-poluição e à não-sujeição a modificações celulares ou manipulações genéticas, são alguns dos 11 direitos constantes do projeto de lei.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Comemora-se hoje o 39.º Dia Mundial do Ambiente e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) tem como temática deste ano “Economia Verde: estás incluído?”. A pergunta pode ser colocada a dois níveis: ao nível particular de cada um de nós, mas, sobretudo, ao nível de cada um dos nossos países e das nossas economias. O que lhe parece? Estará a economia portuguesa incluída nas Economias Verdes? Faz hoje também um ano que decorreram eleições legislativas em Portugal, as primeiras a que o PAN concorreu e obteve 57 849 votos — um excelente trabalho para um partido nascido em Janeiro do mesmo ano — e no dia 21 de Junho o actual governo tomou posse. Durante o último ano o emprego diminuiu, a miséria aumentou, as assimetrias sociais acentuaram-se, os trabalhadores perderam direitos, o chefe do governo presta vassalagem à Alemanha e à Troika, a Europa definha e do Ambiente nem sequer se ouve falar. O que os nossos governantes parecem não ter ainda percebido é que cuidar do ambiente e promover o desenvolvimento de economias verdes não é mais um problema que eles têm de enfrentar, é a resolução para os problemas que se têm vindo a criar. O legado europeu não é a zona euro nem a crematística do establishment económico neoliberal dos mercados mundiais a que a Europa teima em se sujeitar, por falta de iniciativa, mas também porque essa iniciativa não é bem vista nem serve os interesses e as negociatas dos que nos governam a nível nacional e europeu. O legado europeu é o da democracia, da solidariedade igualitária, dos direitos humanos e dos trabalhadores, das energias renováveis da protecção ambiental e, no que a essa luta diz respeito, não nos esqueçamos que “Somos todos Gregos”. A batalha que a Europa trava não é Grécia contra a Alemanha, não é o Sul contra o Norte; é uma batalha entre o desenvolvimento de uma economia verde sustentada e a crematística. As corporações multinacionais têm espalhado os seus tentáculos e vindo a tomar lugares de destaque no contexto dos governantes europeus. Não é uma luta entre povos europeus, mas uma luta que reclama uma economia baseada não no capital financeiro, mas nos recursos e na valorização do mundo não humano. O capital que tem valor nas sociedades em transformação, não é o capital financeiro, mas o capital cultural. Para Portugal queremos um papel mais activo, o herege que promove o desenvolvimento de ideias alternativas à acriticamente aceite ideologia hegemónica. O Portugal europeu mas, também, o Portugal universal que reconhece e assume a sua cultura de miscigenação como uma mais-valia na construção de um mundo novo. Portugal é Europa, mas é também América, África e Ásia. Conversemos com o Brasil, Angola, Moçambique, Timor, mas também com o Equador e a Bolívia que recentemente reconheceram, nas suas constituições, direitos ao mundo natural idênticos aos direitos humanos. Sejamos também Índia que ensinou como se pode mudar o mundo através da não-violência. Escutemos os animais e as árvores, as florestas e os desertos, os rios e as montanhas, os lagos e os oceanos. Saibamos aprender com eles como é possível viver em harmoniosa simbiose e abandonar a sanguinária e exploratória forma de vida. Queremos que Portugal esteja na linha da frente na construção de um mundo onde os sistemas económicos não visem a acumulação de riqueza, mas antes reconheçam que a riqueza é produzida por todos, humanos e não-humanos, pessoas, animais e natureza; uma riqueza que provém da diversidade e das relações de respeito mútuo. Só este tipo de economia merece o apelido de verde e esta é a forma de não só Portugal e os portugueses serem incluídos, mas do estabelecimento do comprometimento dos terráqueos com a Terra.

domingo, 27 de maio de 2012

Johan Rockstrom: Deixemos que o ambiente guie nosso desenvolvimento

O crescimento humano abusou dos recursos da Terra; mas, como nos lembra John Rockstrom, os nossos avanços científicos e tecnológicos também nos proporcionaram o reconhecimento desse problema e incentivam-nos a procurar soluções e a promover mudanças no nosso comportamento. A investigação de Johan encontrou nove "limites planetários" que nos podem orientar no sentido da proteção dos vários ecossistemas do planeta.
Johan Rockstrom é líder numa nova forma de abordar a sustentabilidade conhecida como fronteiras (ou limites) planetário. Rockstrom lidera uma equipa multidisciplinar de 29 cientistas no Stockholm Resilience Centre que identificou nove processos ou sistemas chave no mega sistema terrestre e identificou o limite acima do qual cada um dos sistemas pode sofrer um desastre com proporções alarmantes. As alterações climáticas estão na lista, mas também outras ameaças antropogénicas como a acidificação dos oceanos, a perda de biodiversidade e a poulição química.
Nota: As legendas estão em português do Brasil.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Gases dos dinossáurios aqueceram a Terra




Os gases produzidos nos intestinos dos dinossáurios e libertados peara a atmosfera tiveram um papel importante no efeito estufa que parece ter dado uma forte contribuição para a extinção destes animais.
Há 60 milhões de anos foram os dinossauros, hoje são os animais de pecuária.
Leia o artigo completo aqui.

Creditos

domingo, 13 de maio de 2012

Parlamento Europeu vota contra as patentes sobre plantas e animais


O Parlamento Europeu aprovou ontem uma resolução pedindo ao Instituto Europeu de Patentes para parar a concessão de patentes ao melhoramento genético convencional de plantas e animais. A resolução foi apresentada conjuntamente pelos deputados de vários partidos e foi aprovada com ampla maioria. A votação segue as exigências de alguns parlamentos nacionais, como oBundestag Alemão, para pôr fim às patentes de melhoramento vegetal e animal.
Veja notícia completa aqui e assine a petição aqui.

Créditos
O texto é cópia de parte de uma mensagem publicada em http://gaia.org.pt/node/16301 (Licença Creative Commons 2.5).
A imagem foi retirada do projeto Campanha Europeia pelas Sementes Livres — http://gaia.org.pt/sosementes (Licença Creative Commons 2.5).

sábado, 12 de maio de 2012

Petição pela floresta amazónica

Está a decorrer no Avaaz uma petição dirigida a Dilma Rousseff, Presidente da República Federativa do Brasil, para que vete o novo código florestal. Segundo os ecologistas brasileiros, o novo código autoriza a desflorestação de uma área da amazónia igual á que foi disseminada nos últimos 50 anos, cerca de 220 000 km2 de floresta.
Além de perdoar proprietários que, no passado, procederam ao abate ilegal de árvores em grandes áreas das sua propriedades, o novo código prevê a possibilidade de destruir a floresta em zonas particularmente vulneráveis à erosão como os cumes de montanhas, encostas de elevado declive e zonas ribeirinhas. O novo código florestal foi aprovado pelo parlamento brasileiro devido a uma forte pressão do lobby dos agricultores.
A polémica estala quando a cidade do Rio de Janeiro se prepara para receber a cimeira Rio+20 e as pressões internacionais vão acentuar-se dentro em breve quando a Greenpeace, a Avaaz e a WWF convidarem os seus 22 milhões de apoiantes a assinarem a petição que, por ora, conta com mais de 1 milhão e 650 mil assinaturas.
As estatísticas indicam que cerca de 80% da populção brasileira se opõe ao novo código florestal, mas os donos das terras estão a ganhar poder político e económico e a fazer lobby junto dos políticos brasileiros.

Para assinar a petição clica aqui.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pensamentos...

Ah! um povo que iniciasse a destruição dos marcos e deixasse intactas as florestas!


quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de Abril

Num Partido que defende os Direitos de Animais e Natureza não me ocorre melhor metáfora para a Liberdade que hoje, mais do que alguma vez nos últimos 38 anos, urge preservar do que o voo de uma Gaivota.

PAN — Liberdade para Todos! Pessoas, Animais e Natureza.



domingo, 15 de abril de 2012

O clima de Portugal nos séculos XX e XXI



Um estudo do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade da Beira Interior prevê que o clima de Portugal (continental e insular) irá sofrer algumas alterações no futuro próximo.


Segundo os investigadores prevêm-se "aumentos sistemáticos da temperatura, que podem atingir 3 a 7 ºC no Verão, com aquecimento mais forte do interior Norte e Centro e um forte incremento da frequência e intensidade das ondas de calor. Nas ilhas, o aquecimento estimado é mais moderado, da ordem dos 1 a 2 ºC nos Açores e de 2 a 3 ºC na Madeira. No que se refere à precipitação, os diferentes cenários sugerem uma redução da precipitação anual no continente que pode atingir os 20 e 40% da precipitação actual, devida a uma redução da duração da estação chuvosa. Na Madeira, estima-se igualmente uma importante redução da precipitação anual, até cerca de 30%. Nos Açores prevêem-se alterações do ciclo anual da precipitação sem grande impacto nos valores totais".


Pode descarregar documento completo aqui.


Créditos:
2006 - O Clima de Portugal nos séculos XX e XXI”, in F.D Santos e P. Miranda (eds) Alterações climáticas em Portugal. Cenários Impactos e Medidas de Adaptação. Projecto SIAM II”, 47-113 pp. Gradiva.


Foto: IC592, Viana do Alentejo, por nmorao.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Resurgence (271)

A Resurgence, revista ecológica britânica, lançou um número intitulado Animals: a new ethics e é inteiramente dedicado à associação dos movimentos ambientalista e de defesa dos direitos dos animais.
No editorial, assinadao por Satish Kumar, está bem patente que "Chegou a hora de o movimento ambientalista abraçar a causa animalista". Kumar prossegue
dizendo que "O movimento ambientalista está preocupado, e com razão, com as questões do aquecimento global, a diminuição das populções selvagens, a perda de biodiversidade, a desflorestação, a poluição de rios e oceanos e a explosão da população humana. Mas um dimensão importante está em falta na nossa agenda e trata-se da Condição de vacas, porcos, gatos, cães, cavalos, macacos e outros animais que os humanos usam para a alimentação, medicina e entretenimento".
O número conta com os contributos de nomes conhecidos no contexto da defesa dos direitos dos animais como Tom Regan, Marc Bekoff e Mark Gold. A Resurgence disponibiliza gratuitamente, no seu website, alguns dos artigos publicados em cada um dos números e os deste número podem ser consultados na página de boas-vindas da revista www.resurgence.org.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Green

Green é um filme, com a duração de 48 minutos, sobre a desflorestação da Indonésia. A narração é feita através da história de vida (e morte) de uma orangotango que se encontra só num mundo que não é o seu. Green é só uma das muitas vítimas, humanas e não humanas da desflorestação, da exploração desenfreada dos recursos e, em última análise, da ganância humana.
Green é um filme pouco comum. Mediante o cenário de destruição que testemunha, Green deixa transparecer, de forma quase mágica, a paz e a tranquilidade da floresta. Não contém narrativas nem diálogos e foi feito com uma pequena câmara de filmar, por, somente, uma pessoa que entrou na Indonésia com um visto de turista.
Green é totalmente gratuito e pode ser visto online ou pode ser descarregado o ficheiro a partir do website do filme.
O filme já recebeu 36 prémios em diversos festivais de cinema um pouco por todo o mundo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Mondego

Mondego é o nome do documentário de Daniel Pinheiro que ganhou o prémio Seed of Science 2011. O filme foi concebido no âmbito de um Mestrado em 
Wildlife Documentary Production, da Universidade de Salford (Inglaterra) e mostra-nos o Mondego desde a nascente até à foz.

Durante os 15 minutos de documentário, Daniel apresenta-nos o Rio e a sua envolvente ecológica com excelente qualidade fotográfica e narrativa. 



Para ficar a saber um pouco mais o o autor do filme clique aqui.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Um ambientalista que come carne tem um ponto cego.

O título desta notícia é da autoria de Jonhathan Safran Foer, autor do famoso livro Comer Animais.  Numa entrevista conduzida por Tom Levitt, ao The Ecologist Foer afirma que a produção industrial de carne alimenta-se da nossa ignorância e que o mundo se precisa de afastar do consumo de carne.

O escritor questionando por que, se temos etiquetas nos pacotes de cigarros a dizer que o tabaco mata, não podemos ter etiquetas nos pacotes de carne a dizer que "60 000 animais como estes foram criados em barracões sem luz e alimentados com antibióticos desde o nascimento até à morte".

As tentativas do lobby da indústria de produção de carne de desacreditar o  vegetarianismo são também abordados na entrevista.

Leia aqui o artigo completo (em inglês).